As gêmeas siamesas Eliza Vitória e Yasmin Vitória voltaram ao Amazonas neste domingo (10), depois de 107 dias internadas no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. Elas passaram por cirurgia de separação em 13 de maio.
As meninas nasceram unidas pelo abdômen em 9 de abril, na Maternidade Ana Braga, referência em parto de alto risco em Manaus. Após o retorno, seguirão sob cuidados da rede estadual de saúde até o retorno para a casa dos pais, no interior do Pará.
No Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, Eliza e Yasmin foram recebidas pelo pai, Marcos Oliveira, e por equipes da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
“Graças a Deus, desde o início fomos recebidos com bastante alegria e emoção. A última vez que as peguei, ainda estavam unidas. Agora é uma alegria imensa ver cada uma separada”, disse o pai.
Segundo a secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud, as crianças terão acompanhamento ambulatorial especializado, incluindo cardiopediatria e suplementação nutricional.
“O caso das gêmeas é um exemplo da potência do Sistema Único de Saúde (SUS). Quando atuamos de forma integrada, os resultados são surpreendentes”, afirmou.
A mãe, Elizandra da Costa, de 22 anos, é natural de Monte Alegre, no Pará. Ela se mudou para Manaus durante a gravidez, onde fez pré-natal de alto risco na rede estadual. “Quero agradecer ao Amazonas e a Goiás por todo apoio”, disse.
A cirurgia foi definida após exames no Hospital Francisca Mendes, em Manaus, que indicaram o Hecad como melhor opção por ser referência nacional em pediatria de alta complexidade. Desde o nascimento, mais de 100 profissionais do Amazonas participaram do atendimento às gêmeas.
Nascimento das gêmeas
Nascidas no dia 9 de abril deste ano, na Maternidade Ana Braga, em Manaus, as irmãs foram diagnosticadas como toracoonfalópagas — unidas pelo tórax e abdômen e compartilhando o mesmo fígado. Elas nasceram com 2,4 quilos cada e permaneceram sob cuidados da maternidade até serem transferidas para o hospital de Goiânia, aos 15 dias de vida, em uma UTI aérea.
No Hecad, permaneceram na UTI Pediátrica até o final de junho e, posteriormente, na enfermaria. Eliza permaneceu 60 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 47 dias na enfermaria. Yasmin ficou 67 dias na UTI e 40 dias na enfermaria.
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FONTE: Por G1 AM