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Ambulantes protestam contra mutirão realizado pela Prefeitura no Centro de Manaus

Durante o protesto, manifestantes jogaram lixo no meio da via e atearam fogo, na, área conhecida como "Terminal da Matriz".

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Ambulantes protestam contra mutirão realizado pela Prefeitura no Centro de Manaus — Foto: Rede Amazônica

Uma confusão foi registrada na manhã desta quinta-feira (7) durante a realização de um mutirão da Prefeitura de Manaus no Centro Histórico da capital. Ambulantes que atuam na região protestaram contra a ação da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), alegando apreensão irregular de mercadorias, agressões físicas e prisões.

A ação faz parte do programa “Mutirão no Bairro” que, de acordo com a Prefeitura de Manaus, visa ordenar o espaço urbano, remover estruturas irregulares e recolher alimentos fora dos padrões sanitários, com foco na segurança alimentar e na melhoria da mobilidade.

Durante o protesto, manifestantes jogaram lixo no meio da via e atearam fogo, na, área conhecida como “Terminal da Matriz”. A ambulante Shirley Alves afirmou que teve seus produtos apreendidos e que o filho foi detido durante a ação.

“Levaram todas as minhas coisas. Vou ficar sem trabalhar e eu tenho os meus filhos pra dar de comer. Eles prenderam meu filho, levaram o celular, o dinheiro. O meu filho não é nem um bandido. Nós estamos aqui pra trabalhar, somos trabalhadores”, disse.

Ela também denunciou que depósitos de ambulantes teriam sido invadidos. “Ficam invadindo os depósitos sem autorização de nada, levando as nossas coisas. Ficamos sem nada, nem dinheiro pra comer”, afirmou.

Com cartazes, os trabalhadores reivindicam a devolução dos equipamentos e o direito de permanecerem no local. Hugo, outro ambulante afetado pela operação, criticou a falta de diálogo.

“É triste ver que ele não tem projeto. Ele vem tirar a gente à força. Só queremos uma negociação, ninguém quer confusão”, afirmou.

Manoel, que vende churrasco há cerca de 45 anos na região, relatou que perdeu todo o seu material de trabalho. “Levaram meu carrinho de churrasco da frente do ponto. A gente tem conta pra pagar. Isso não é atitude de quem gosta do seu povo”, disse.

Durante o protesto, manifestantes jogaram lixo no meio da via e atearam fogo, na, área conhecida como “Terminal da Matriz”. A ambulante Shirley Alves afirmou que teve seus produtos apreendidos e que o filho foi detido durante a ação.

“Levaram todas as minhas coisas. Vou ficar sem trabalhar e eu tenho os meus filhos pra dar de comer. Eles prenderam meu filho, levaram o celular, o dinheiro. O meu filho não é nem um bandido. Nós estamos aqui pra trabalhar, somos trabalhadores”, disse.

Ela também denunciou que depósitos de ambulantes teriam sido invadidos. “Ficam invadindo os depósitos sem autorização de nada, levando as nossas coisas. Ficamos sem nada, nem dinheiro pra comer”, afirmou.

Com cartazes, os trabalhadores reivindicam a devolução dos equipamentos e o direito de permanecerem no local. Hugo, outro ambulante afetado pela operação, criticou a falta de diálogo.

“É triste ver que ele não tem projeto. Ele vem tirar a gente à força. Só queremos uma negociação, ninguém quer confusão”, afirmou.

Manoel, que vende churrasco há cerca de 45 anos na região, relatou que perdeu todo o seu material de trabalho. “Levaram meu carrinho de churrasco da frente do ponto. A gente tem conta pra pagar. Isso não é atitude de quem gosta do seu povo”, disse.

Além das apreensões, houve denúncias de agressão por parte de agentes públicos. Astri, de 50 anos contou que foi algemada no local. “Meu sobrinho tá preso. Eles me bateram aqui. Fui algemada, eu e outro rapaz. Esse outro rapaz foi levado pra delegacia”, disse.

Durante o protesto, o secretário de Segurança Pública de Manaus, Alberto de Siqueira Neto, que acompanha a operação, rebateu as críticas em entrevista à Rede Amazônica.

“Ninguém sai de casa pra impedir outro de trabalhar. Mas não pode, com a justificativa de trabalhar, causar dano à sociedade. Ontem apreendemos mais de 200 quilos de produtos vencidos. Isso é risco à saúde pública”, afirmou. “Não viemos oprimir, viemos ordenar”, declarou.

O secretário informou ainda que há assistência para quem quiser se regularizar. “A Semacc tem um ponto aqui para cadastro das pessoas. Tem o balcão do Sine também. A gente não veio para cá oprimir ninguém. Estamos aqui tentando trazer ordenamento ao Centro. Só que não há mudança sem pessoas que se sintam afetadas”, disse.

Segundo ele, houve também episódios de violência por parte de manifestantes.

“Hoje vieram algumas pessoas para estimular eles, instigar a jogar pedra na gente. Tenho três servidores no hospital agora, um com afundamento de crânio, porque um cidadão está atiçando as pessoas a jogar pedra nos policiais”, relatou.

Programa ‘Mutirão no Bairo’

Desde as primeiras horas do dia, as ações de reordenamento, segundo a Prefeitura, se concentraram em pontos estratégicos da região central, como a Manaus Moderna, o entorno do mercado municipal Adolpho Lisboa e a área conhecida como “Boca da Onça” – locais que apresentavam acúmulo de resíduos e ocupação desordenada.

Além das ações práticas, as equipes da Semacc também realizam abordagens educativas, orientando comerciantes e ambulantes sobre a importância da regularização e do uso responsável do espaço público.

FONTE: Por G1 AM

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