Dados da Secretaria Municipal de Saúde da capital (Semsa) mostram que até essa quarta-feira (4), 1.188.903 primeiras doses do imunizante já foram aplicadas.
Manaus tem 53,56% da população vacinada com pelo menos uma dose de vacina contra a Covid-19. Dados da Secretaria Municipal de Saúde da capital (Semsa) mostra que, até essa quarta-feira (4), 1.188.903 primeiras doses do imunizante já foram aplicadas.
Porém, especialistas afirmam que a imunização completa contra o coronavírus só acontece com as duas doses do imunizante. E é justamente nisso que consiste o problema enfrentado pela capital: apenas 16,60% da população completou o esquema vacinal. Além do baixo número, 30 mil pessoas estão com a segunda dose atrasada.
Em todo o Amazonas, a população que já está parcialmente imunizada contra a doença é de 46,51%. Os dados são do Consórcio de Imprensa, que monitora a vacinação em todo o país e também calcula o percentual a partir da população estimada.
Para mapear a situação de Manaus, o G1 calculou o número daqueles tomaram a primeira dose da vacina, em cima da população estimada do estado que, em 2020, segundo o IBGE, era de 2.219.580 pessoas.
Mas para a Prefeitura, o número da população com pelo menos uma dose da vacina é bem superior ao calculado pelo G1: 84%. Isso porque, a Semsa leva em consideração apenas a população vacinável da cidade, que segundo a secretaria, é de 1.423.062 pessoas, que fazem parte de grupos preestabelecidos pelo Ministério da Saúde e os de faixa etária.
O infectologista Nelson Barbosa disse que o número é importante, mas a capital precisa avançar ainda mais na imunização da população, para evitar a proliferação de novas variantes na cidade.
“É uma coisa a se comemorar esse percentual de 53% da população parcialmente vacinada, mas ainda não é o ideal. O ideal é que mais de 90% da população de Manaus já estivesse com a primeira dose”, falou.
Segunda dose
Até às 8h50 desta quinta-feira (5), apenas 368.652 pessoas, ou seja, 16,60% da população manauara, completou o esquema vacinal. O dado leva em consideração quem tomou as duas doses da vacina e aqueles imunizados com a dose única da Jansen.
Em relação aos atrasados na segunda dose, segundo a Semsa, 18.119 pessoas deixaram passar os 28 dias da Coronavac, enquanto 12.701 não procuraram os postos de vacinação da capital para receber o reforço da AstraZeneca. 167 pessoas são os atrasados da vacina da Pfizer.
O infectologista também comentou sobre os números da segunda dose. Para ele, existem diversos fatores que podem ocasionar a baixa procura das pessoas pelo reforço do imunizante.
“Esses números ainda são muito baixos. E podemos elencar alguns motivos para isso, como, as fake news, os efeitos adversos e os prazos muito prolongados. A AstreZeneca e a Pfizer, por exemplo, são três meses entre as duas doses. A CoronaVac tem um prazo menor. O que os gestores poderiam fazer, até primando por bloquear a variante delta, seria diminuir o intervalo entre essas vacinas”.
Nelson também chamou a atenção de quem não procura receber a segunda dose da vacina com medo das reações sentidas:
“A vacinação é forma farmacológica mais segura de nós barrarmos essa pandemia. É claro que mesmo vacinado ninguém está protegido 100%, mas se protege contra os quadro graves. E é esse o objetivo: não superlotar as UTIs dos Hospitais. Para quem tá com medo de efeitos adversos, é sempre bom pensar nas pessoas que morreram sem ter a oportunidade de tomar a vacina”, concluiu o infectologista.
Nessa semana, a prefeitura também começou traçar passos para uma volta às atividades e grandes eventos. O prefeito David Almeida decidiu que Natal, réveillon, Carnaval, entre outros, só voltarão a ocorrer na cidade após 70% da população acima dos 18 anos receber as duas doses da vacina.
Além da orientação quanto a porcentagem de vacinados, a prefeitura também determinou que os eventos precisam ser autorizados.
FONTE: G1 AM
